O estudo do início deste ano sobre a “Contribuição Econômica do Terceiro Setor” liderada pelo Movimento por uma Cultura de Doação, com coordenação da Sitawi Finanças do Bem e com apoio de várias outras organizações divulgou que o Terceiro Setor é fundamental para a economia brasileira.
De acordo com dados do Mapa das OSC, este setor no país possui mais de 815 mil organizações sociais registradas, abrangendo áreas como cultura, defesa de direitos humanos, proteção animal, saúde, educação, assistência social, esportes, entre outras. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), as atividades do Terceiro Setor contribuem 4,27% do PIB, impactando diretamente e indiretamente.
A área, formada por organizações de iniciativa privada sem fins lucrativos que prestam serviços para sociedade por meio da educação, saúde, atividades artísticas e concessão de crédito, emprega 6 milhões de trabalhadores, o equivalente a 6% do total de postos de trabalho do país. O montante foi equivalente a mais de R$423 bilhões em 2022 e para fins de comparação, em termos de contribuição para o PIB, o Terceiro Setor se situa entre os setores de Fabricação de Automóveis, Caminhões e Ônibus (1,73%) e o Setor de Agricultura (4,57%).
O peso econômico que setor tem se explica nas contratações de serviços, empregando pessoas, arrecadando doações etc. A ausência do Terceiro Setor levaria a uma redução na economia em todos os estados brasileiros, e por consequência no PIB nacional.
Veja abaixo os impactos por estados e por região.
O estudo concluiu que quanto maior o nível de interdependência deste setor em relação aos demais, maior será o impacto sistêmico na economia. “Quanto mais se investir no setor, maior será o retorno para a sociedade”, completou Custódio Pereira, presidente do FONIF – Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas.
Por fim, Rogério Silva da PACTO Organizações Regenerativas concluiu: “Os resultados demonstrados neste estudo ganham ainda mais relevância ao olhar a finalidade do trabalho das OSCs, que é o bem público. Do ponto de vista econômico, esse campo gera emprego, distribuição de renda e capilarização dos recursos por todo país. E por outro lado, também entrega serviço público de qualidade, direitos sociais, transparência, desenvolvimento científico e conecta o Brasil a movimentos internacionais relevantes. A construção dessa pesquisa soma então os benefícios econômicos com os argumentos éticos e políticos já reconhecidos do Terceiro Setor.”
Para acessar o estudo completo, acesse aqui.