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Entidades pedem linha emergencial para reconstrução de moradias e pequenos negócios no Rio Grande do Sul

3 de junho de 2024

Capilaridade das instituições que atuam no Estado pode garantir chegada de recursos para empreendedores e negócios de micro ou pequeno porte e até desbancarizados

A Associação Brasileira das Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (ABCRED) e a Associação das Instituições de Microcrédito e Microfinanças da Região Sul (AMCRED Sul) encaminharam ao Governo Federal o pedido de abertura de uma linha emergencial de crédito para oferta de recursos para reconstrução de negócios de micro e pequeno porte afetados pelas cheias no Rio Grande do Sul. Levantamento aponta a necessidade de até R$ 100 milhões em recursos a serem oferecidos com prazo prolongado de carência e juros de no máximo 3% ao ano. “Assim, as instituições que operam nas regiões atingidas teriam condições de oferecer crédito para reconstrução dos empreendimentos e volta às atividades”, diz correspondência enviada para a CAIXA, o BNDES, o BRDE, a OikoCredit e o SEBRAE.

Oito instituições de microcrédito atuam no Rio Grande do Sul. Atualmente elas operam uma carteira de R$ 150 milhões, com mais de 15 mil clientes e 60 mil pessoas beneficiadas. Presidente da Abcred, Isabel Baggio diz que a capilaridade e a metodologia de trabalho das instituições que operam as microfinanças podem ser muito importantes nesse momento. As organizações são especializadas em liberar recursos para empreendedores de micro e pequeno porte e Microempreendedores Individuais (MEIS) – muitos deles desbancarizados – e utilizam uma metodologia que apoia o tomador de recursos na análise da própria situação financeira, com definição de suas necessidades, da capacidade de pagamento e do impacto positivo do financiamento sobre o dia a dia do tomador de crédito. “Esse é um momento extremo e muito crítico, que exige nossa solidariedade e disposição para ajudarmos”.

A ABCRED e a AMCRED também alertam para a importância dos fundos garantidores ampliarem sua atuação no microcrédito. “Para reduzir o risco de crédito, levado às alturas pelo impacto generalizado na economia regional, é necessário que sejam definitivamente colocados à disposição e estendidos às operações de microcrédito os fundos garantidores de crédito (FAMPE/SEBRAE, FGI/BNDES, FGO/Banco do Brasil), que atendem somente aos empreendimentos de maior porte, excluindo os empreendimentos da base da pirâmide, que são os mais necessitados”.

Confira AQUI a entrevista concedida pela presidente da Abcred Isabel Baggio sobre o assunto para a Jovem Pan.